12 de junho

É a celebração oficial do romance, pegar na mão...
Vinho, flores, lingerie e tesão.
Fotos, cartões, presentes, música de fundo...
Um dia perfeito, mas não pra todo mundo.

Ahhh se o amor fosse para todos! Quem dera todos vivendo seus romances,
Incrível seria ver o colorido desta sensação
Tomando a todos num só grito.

É assim que a roda gira, uns amam outros são amados,
Nem sempre há o encontro, mas é busca é freqüente.
Todos querem um amor maior, correspondido!
Ninguém quer ficar sozinho...
O medo da solidão nos faz pegar em mãos erradas
O desprendimento nos faz cair na teia.
Quando não se procura, o amor nos acha,
Quando não se está preparado, ele nos invade,
Quando não queremos envolver-nos, nos apegamos rápido.
Sempre nos pega de surpresa.
Como é bom conquistar...
Lembrar do aperto no peito, da primeira briga.
Lembrar do primeiro beijo, do tremer das pernas...
Lembrar da primeira vez, de como tudo começou...
É hora de celebrar, de sentir a grandeza do sentimento recíproco.
Não é tempo de pensar, é tempo de agir.
É querer amar e deixar sentir.
Expressar seu amor bonito, palavras e gestos.
Gritar ao mundo o que seu coração mandar.
Trocar fluidos, carícias, presentes...
Absorver o outro e libertá-lo.
Alcançar o cume é ser conquistado, é se perceber importante e vital.

Complexo Paradoxo Perfeito

Uma certeza, talvez esperança
Iminência, saltos e projeções.
Idéias soltas: AMARREM O PENSAMENTO!!!
E tudo sai num grito mudo.
Construções inatingíveis, perdidas num assopro.
No desamparo do porvir fincamos as convicções.
Uma incapacidade resoluta veste a capa do resultado eficiente.
Hora de acordar do sono utópico, da paz encontrada no foco central do caos.
Na vontade grandiosa nos perdemos...
No entendimento captamos a fuga do acreditar...
É assim que se vive,
Na confusão do organizado.
OUSADIA E SUBVERSÃO, fazem algum sentido
Quando a inteligência nos salva da pretensa morte lenta causada pela inércia ingênua.

Mágoas que sabem nadar...

Meus olhos: minha jangada.
Meu chorar: meu vendaval...
Lágrimas quão oceano.
Lavando a alma no frigir da enxurrada.
Vítima de mim mesma.
Olhos cegos, tudo some e me consome.
À margem, à espera, o despertar, um novo coração.
Sentimentos naufragados à deriva,
É o afogar das mágoas.
Tempestade no mar dos sonhos...
A embarcação fragilizada resiste,
Que venham os dias de risos ensolarados...