Eu tava no vento
Inventei de sair no tempo
Tive intensos pensares
Em mares que evitei
Acabei sendo jogada.
Eu tava acabada
Cabia dor naquele momento
Morri diversas vezes
A morte que eu temia.
Amor eu renasci?
Eu via uma estrada
Espaços e alguns tormentos
Percebi na caminhada
As escolhas, meus descontentamentos
E onde eu não via nada
Fez clarão de conhecimento.
Eu tava desencantada
Bem na hora da virada
Uma festa anunciada pra
Multidão em branco
Tanta solidão...
Uma sinopse nonsense
Uma rotina tentativa
De blefes e incertezas
Promessas e truques.
Era a crise crucial
De sentido oculto
Um culto sem sentido
Prometi ilusões, enchi alguns balões
Tomei alguns goles
E gritaria até.
Sentinelas adormecidas
Soam os alarmes
Novos tempos hão de chegar
E o mundo sabe festejar ...
Contei até virar o segundo
Que fez o ontem ser o que está agora.
Saúde.
Fogos são artifícios
Estrondos pra calar um coração
Na virada, revirada estava eu.
Saudando a decepção.
Saudades do réveillon...
Então pus os pés no chão.
E o recém nascido chegou!
Salve, salve!
Feliz eu de novo!