9idades?

Eu tava no vento

Inventei de sair no tempo

Tive intensos pensares

Em mares que evitei

Acabei sendo jogada.

Eu tava acabada

Cabia dor naquele momento

Morri diversas vezes

A morte que eu temia.

Amor eu renasci?

Eu via uma estrada

Espaços e alguns tormentos

Percebi na caminhada

As escolhas, meus descontentamentos

E onde eu não via nada

Fez clarão de conhecimento.

Eu tava desencantada

Bem na hora da virada

Uma festa anunciada pra

Multidão em branco

Tanta solidão...

Uma sinopse nonsense

Uma rotina tentativa

De blefes e incertezas

Promessas e truques.

Era a crise crucial

De sentido oculto

Um culto sem sentido

Prometi ilusões, enchi alguns balões

Tomei alguns goles

E gritaria até.

Sentinelas adormecidas

Soam os alarmes

Novos tempos hão de chegar

E o mundo sabe festejar ...

Contei até virar o segundo

Que fez o ontem ser o que está agora.

Saúde.

Fogos são artifícios

Estrondos pra calar um coração

Na virada, revirada estava eu.

Saudando a decepção.

Saudades do réveillon...

Então pus os pés no chão.

E o recém nascido chegou!

Salve, salve!
Feliz eu de novo!

Eucalyptus fresh

... E pra vender idéias é necessário se desarmar do idealismo.
O que o mundo precisa NÃO está a venda

NÃO pode ser fabricado.
Mas os produtos estão lá,
Na prateleira pra quem quiser consumir.
As pessoas estão lá,
Enquadradas, enlatadas, engessadas
Perdendo seu sabor natural.
Conservantes coloridos tingem o mundo perfeito.
Nós que somos loucos
(estamos no abismo das idéias)
Nós que somos sóbrios
(estamos no clarão das pseudo verdades)
Nós que somos poucos (estamos perdidos nas galerias)
Nós que somos o outro
(estamos sentindo as dores do mundo.)
Nós somos cadarços
Nós sejamos desatados.
Vendas
a vista
Vendas
escuras
Vem das necessidades obtusas
Das mentes turvas.
Venda-te a ti mesmo
E não verás o óbvio ulular.

Moska Do Amor


Não falo do AMOR romântico; aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.

Relações de dependência e submissão, paixões tristes.

Algumas pessoas confundem isso com AMOR.

Chamam de AMOR esse querer escravo

E pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.

Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado.

Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.

A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.

O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita.

O AMOR é um móbile.

Como fotografá-lo?

Como percebê-lo?

Como se deixar sê-lo?

E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR não nos domine?

Minha resposta?

O AMOR é o desconhecido.

Mesmo depois de uma vida inteira de amores,

O AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.

A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação.

O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.

A vida do AMOR depende dessa interferência.

A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta.

Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.

Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo.

O AMOR não é orgânico.

Não é meu coração que sente o AMOR.

É a minha alma que o saboreia.

Não é no meu sangue que ele ferve.

O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.

Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas.

O AMOR brilha.

Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida

O AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música.

Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo.

O AMOR, eu não conheço.

E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro.

A vida só existe quando o AMOR a navega.

Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita.

Ou melhor, só se Vive no AMOR.

  • E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto.
Ganhei o selo aí do lado e quero indicar mais 4 blogs muito BACANAS para recebê-lo.
Tenho alguns blogs do coração, mas esses eu acompanho mesmo.
Então lá vão eles...
Beijos pra vocês.

http://baiaodetudo.blogspot.com/
http://geofrontmarcio.blogspot.com/
http://nessabahibak.zip.net/
http://controlverso.blogspot.com/

Loucuras de sabão.

Pois que são

Doidos

Dois poetas a brincar

Ele daqui

Ela de lá

E nesse qui,qui,qui, cá, cá, cá.

A gente ri até gozar.

Nós que nos enlaçamos

Nós que nos desatamos

De nós e laços

De beijos e abraços

A certeza de sermos loucos

Soltos, envoltos em bolas de sabão

Assoprados.

Amor doido, amor de dois.

A mordaça é a distância

Amor doce,

Amantes refletidos somos nós.

Nela um beijo roubado

Dele um gesto repente

Dela um sopro abafado

Nele um sorriso que entende

A loucura dela...

O jeitão dele

Eles se tocaram

Se tiveram num para sempre de sabão.

Tiro ao alvo!

Amor não morre...
Cadê a nossa vida?
O que era?
Filme, cenas, seqüestros na TV?
Meu amor me deixou
Eu engatilhei a raiva e
Disparei.
Meu amor não acabou
Eu ainda não terminei só
Disparei.
Meu amor era bonito
Eu lhe queria bem, então
Disparei.
Meu amor foi de verdade
Eu sabendo das mentiras
Disparei.
Matei o teu amor?
Por que não mata o meu?
Disparei na testa

Tiros de dor
Aos imbecis:
É o fim.
Os detalhes nem no jornal nacional.

Sintaxe a vontade

"Como poeta que sou
Como o pão,
Que o Diabo ama.
Sou.
(...)
Sonho com suas secreções.
Não poupo intenção.
Tão pouco ereções.
Guardo tuas lembranças.
Digitais.
(...)
E volto a comer o pão."
(Imagem Rico Oliveira)
Beijo você.
Beijo doce
Secreto.
Secreções almiscaradas.
Na face mascarada
Sinto que te falta o Ar
Sinto que te sufocam os farelos
Do pão?
Dum par?
Sinto quente, sinto muito.
Você que é o Ar_tesão,
Precisa res_Pirar.
Sem evaporar
Crê
Ser fumaça
Entrar pelo nariz...
Te provocar
E tanto...
Quero teu esporro
Íntegro
Quero teu silêncio
Íntimo
Quero teu suplício...
De poeta infame
Com fome.
Me deixe brincar na sua boca
Tal qual a bala caramelizada
Doce, dura, durante
Chupada.
Me guarda,melada, no teu bolso
Me lambe antes das refeições
Derreta-me em baixo de sua língua
Gostosa língua colorida
Descobrindo pudores.
Se lambuze da seiva que me forma.
Engula aos poucos.
Preserva-me.
Um drops?









Ciclos e regras!

Inquietudo
que se mexe dentro
do meu ser alguém
me faz Inquietanto mal
que não me sobram os tempos
de paz.
Inquieta,
Que zela pelo mais.
Quisera dar-te o sono pelo gás.
De medo, doei-me inteira
E doeu-me por todo o caminho de volta
Interrupção violenta
Progressão inconsistente
Da sequência lógica de uma
Ânsia por qualquer fiapo
de coisa substancial.
Flagelos derretidos e coagulados
Escoam no vale do silêncio que grita!
Não estou surda
Não estou pálida
Só estou aqui
Só.
E não apenas.
Durmo.
Em cólicas
Nos colos
O sangue se esvai e me renova.
Em três dias terei sol novamente!

O amor é FOGO.

Gosto desse
"Nosso amor".
Que pega de jeito
Desafia e mela.
Em ponto de bala
Na boca sem derreter...
Esse nosso amor
É engraçado
É adaptado.
Tem pés, tem cabeça.
Conforme as loucuras
Com formas e idéias
Sérias.
Segue
Sempre soprando
Ventos quentes
Febris.
Ar por Ardor.
Amores Desnudos
Arrepios de pele
Tua mão tá na minha
Tua boca...
Teu abraço...
No Arpoador
Nosso amor
É posto de gasolina!

D.esafia.R

Façamos...
Letras e Leituras
Músicas e Gravuras
Bordas e Pinturas
Sanhas e Loucuras
Juntos...
Rimas sem juízo
Façamos sem nexo
Côncavos, Com sexo!
Poesia concreta,
Se preciso.
Um tanto complexo Você...
Eu.
Nós.
Desatem os nós!
Os tempos são laços
Urgindo, urgentes...
E daí se desembrulha a grande estória.
Quem começa?
Começamos...
Comendo letras
Relendo
Sorvendo músicas gravadas
Lambendo as bordas pintadas
Provando sanhas loucas
Unidos
Rimos sem juízo
Façamos sexo...
Como cavalos,
Com nexo.
Sem apeio,
Poesia campestre.
Um tonto amplexo,
Você...
Eu.
Nós.
Reforce os nós!
Os campos são amplos.
Montes e montanhas.
E daí se desfolham os caminhos.
Quem comanda?

Divórcio em Buda

Quem poderia fotografar, registrar, tatear o instante em que algo se rompe entre duas pessoas?
Quando aconteceu?
De noite, enquanto dormíamos?
No almoço, enquanto comíamos?
Ou muito, muito tempo atrás, apenas não percebemos?
E continuamos a viver, a falar, a nos beijar
A dormir juntos, a procurar a mão do outro, o olhar do outro,
Como bonecos animados que continuam a se movimentar ruidosamente por um tempo, mesmo estando a mola do seu mecanismo quebrada...
... Nada sabemos.
O que posso fazer agora?
Que refletor devo acender para encontrar nessa escuridão, nessa trama, aquele momento único, aquele milésimo de segundo em que algo cessa entre duas pessoas?"

(Sandór Marái)

D.o.i.s_R.i.o.s

*
Ele pede
A Pele
Da poetisa.

:
Ela deveria era retomar a poesia.
Sim, a poesia.
Poesia erótica.
Retórica
De deixar o leitor babando.
Babando Nu blog.

:
Ela deveria era escrever despudorada.
Sim, sem pudores.
Poderes.
Palavreados
De deixar os dedos molhados.
Dedos nus,
Teclados.

:
Ela deveria era me publicar
Me provar e perverter
Escrever seus domínios
Escritos públicos.
Gritos púdicos.
Pêlos menos púbicos.
Meus desejos súditos.
Lúdicos dia.mantes.
Lambuzados.

:
Com sede
Ela cede
Ela
Dá.
Danada
Doida pra poexcitar.
:
Temos uma relação igual
Pau há pau
Sem dedos
Felação Virtual
Melação e volúpia.
Verdades em bocas
Vontades...
:
Gosto dele me gozando
Me tirando, me botando
Me provocando
Se metendo, aconchegando!

:
Entre tardes de mil acessos
Ele ascende.
Eu acesa,
Meio livre, inteira e tesa.

:
Informada de tuas formas
Inconformada com o hiato
Querendo tuas P.artes
Preenchendo meus espaços.

:
Ele pede
Ela cede
A Pele
P/ele
Ela
Dá.

:
Fantasia...
Doida pra pular o carnaval!
*

Rico.

A revelação é o que mostra
O que se posta, não publicado.
Púbis em pecado
E fica mal dito, mal escrito
Se eu não te vejo o formato.
Olhos sorrindo...
Boca escondendo as palavras.
O braço amparando as vontades.
Um quadro sem textura
Esperando as cores
Meta as mãos nos pincéis
E me faça arte!
Me vejo em arte concreta.
Janelas e pernas abertas,
Olhando a esmo, enquanto o poeta
Pinta, borda e me acerta!
Eu gosto é da transgressão, das confidências
Desse teu desejo pelos meus an seios
Gosto de delírio e dos devaneios
De você no meio.
Gosto da poesia e da ira
Do teu humor e da malícia
Gosto da busca incessante
De descobrir o que vem antes
De chegar onde ninguém chegou.
Gosto é do belo
Do lilás ao amarelo
Dos jilós ao caramelo.
Desse seu entra e sai,
Entre uma semana e outra
Ritmando,
Você obedece.
Malemolência de Malandro
Poeta de artes infindas...
Faz bem feito.
Não pára!
Toca mais uma, poeta.

Dói da Doida!

Dentro da doida Confusa e inquieta.

Bom e mau humor repentes.

Repete dia, muda roupa.

Calada nunca.

Meio nonsense, às vezes em silêncio.

Lê bula.

Não toma veneno.

Chora.

Estante de palavras.

É o desassossego em Pessoa;

Que movimenta de poesia a ida...

A vinda é quase sempre pela madrugada.

Insone e sonolenta.

Amiga da lua brilha etílica...

Antítese, paradoxo, antagonismo, oposição, do contra.

Arruma todo dia.

Sem educação e trivial.

Mulézinha e bicho sentimental.

Bagunça o astrológico sem lógica.

Mapeada no astral.

Intensa, de duplo sentido.

Sente sem te dizer.

Brinca e ri muito!

Dentro da doida

Ser inconstante

É uma festa,

Avalanche de muita coisa misturada.

D'Oxum.

A menina de Oxum
Navega nas águas calmas do teu leito, mãe.
Cada filho parido é solto num correr riacho
Entre pedras e gotas saltitantes.
Queda dágua, que dá asas á menina.
Completa
Mente
Solta...
Ela tem os quadris dançantes.
Petulantes olhos hábeis.
Frágeis e tocantes
Seus encantes...
Feminina, menina de Oxum.
Dança de criança
Lança de aço , fita de laço.
Orvalhada lágrima
Na pétala de flor.
Fecunda o mundo
Inunda a vida de água doce.
Sábia ingenuidade
Astuta mulher em milhares.
Esperta aos olhares.
Faz cortina de véus de sonhos.
Caída a chuva fina
A menina molhada de Oxum
N’água língua transparente
Jangada lambe o manto.
Nua a menina de Oxum.
Passeia pelo mato.
Guarda os segredos sedutores.
Fonte divinal exangue.
A menina de Oxum acalanta o trovão,
Amante da beleza, do vento e
Da prenhês de teu ventre.
Debaixo da sua saia
Sua sanha voraz.
Não caia
Não traia a menina de oxum.
Menina e própria mãe.
Sofre em seu interior.
Chorosa e vingativa
Serpenteando o algoz.
Envenena o doce
Prazer do traidor.
E deixa que as águas o levem.
Lavado na alma.
Aprendiz de coisa alguma!
Aiê menina
Iê ieu mamãe
Toda menina é de oxum!

│O vômito e a ƒôrma│

O início propício
Do mesmo novo de novo
Recomeçar o alheio
Reconhecimento do igual.
O que é o quase?
Dúvida ou dívida?
Quocientes do inconsciente.
Tal lucro, qual loucos,
Insanos.
Brutos,
De rostos pálidos, sorrisos polidos .
Lidos e já listados.
Cópias...
Comecemos a mensurar
Os tratos da verdade
Contratos tantos
Construímos os tratores.
Impiedosos.
Imprevisível é o impossível
O resto é estória.
Historinha...
Conto de fadas, da carochinha.
E ainda assim forjamos o real.
E ainda que minta
A verdade foi roubada.
Os deuses estão de acordo?
Se não...
Me acordem
Dessa metáfora...
Dessa mentira,
Dessa mania
De expor a mesma arte
Sempre na mesma galeria!

É F...(Fé)

Num conto de fadas

Fadado ao fracasso

A liberdade é só outra palavra para nada a perder.

Numa ponta de faca

O fio afiado corta a realidade aguda

Adagas libidinosas

Aguçam o desejo conforme,

Confio.

Num poço ou numa fonte

O sonho do inevitável numa moeda vil.

A força duma forma

Contundente.

Fugindo do óbvio circunflexo

Genuflexório de dores.

A crença é criança ainda...

Nada não significa nada, se não for de graça.

Pago a vista

E aguardo o que me está guardado.

Ventura!

Eu queria querer-te
E amar o amor
Construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
E te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és...
(Quereres - Caetano Veloso)
Seguirei o vento.
Soprada pra outras direções
Um novo momento
Longe das rimas e tufões.
Me esconderei no vão, no vem e vai..
Sem eira, nem beira, sem querer que me queira...
No íntimo, intermédio, meio termo, inteira!
Se o vento me atirar na vida
Serei bem atrevida e lhe direi verdades.
Ser a vítima ou o algoz?
Na verdade eu tinha em mente
Algo bem diferente
Do que você inventou pra nós.
Só cobrei o que me era de direito
O afeto do recosto do teu peito
E agora que está feito
Não reclame, não tem jeito!
Não há momento certo
Não tem teto coberto
Nada apaga o risco do fim
E se era pra ser assim
Então cabe a mim, aceitar o recomeço
!

Amargos.

Pregue suas Peças
Presa em suas Pernas
Preces...
Provo e Pago o Preço.
Sem Pressa, Prazos ou Promessas.
Preciso de Poucos Pedidos.
Permito
Pontuo meus erros,
Perdas, ganhos, danos e Perigos.
Pecados em Pedaços Perfeitos.
Segredos...
Sentimentos, Sem tinos, Sentido, Seqüência, Sentença.
Semanas Sem amor.
Tempo de Tempestades,
Tudo em torno entorna.
Espaços, estranhos nós estagnados.
Ciranda, lembranças,
A Roda que arrota mudanças...
Tecendo à toa, descendo a teia, tombamos.
Deserto, descompasso, desespero.
Fomos sumo de frutas consumidas.
Idas, intrigas, entre tantas verdades mentidas.
Intuídas, inclusas, interferinas.
Insultos, discursos, adultos.
Caio e discuto, creio e descubro, grito e escuto,
O som dum sonho fugaz.
Fúria, fumaça, fugas e fins.
Afinal, fel no céu da cidade;
Feliz cidade.
Acrescento: - Acredito no fato.
Feliz Final.
"...há impossibilidade de ser além do que se é - no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu, quase normalmente - tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação de meu começo... a única verdade é que vivo.Sinceramente, eu vivo.Quem sou?Bem, isso já é demais..."(Clarice Lispector)

Cor : Amar é lá

E isso é raro...
E isso é lindo!
E me sinto amando...
Compreendendo, e semeando.
Amor tanto, que tudo que nasce em mim é amor.
Incondicional e até bem tolo.
Todo amor deveria ser confiável.
Os amores confiantes, que transformam o ser amado em cativado.
Sem cativeiros.
Amores livres.
O amor é plural.
Irresponsável amante, amável e amadora...
É amor por extensão que me escapa!
Amo tanto que de tanto há mar.
Há céus e cores, arcos e íris.
Flores!
Amarelas é fácil.
Dias!
Amá-los que vêm para o bem.
Te amo, Te maior.
Amor sem tamanho.

Vice-versos (leia também de baixo para cima)

Movimento
E eu escrevo as palavras
Atropelo as letras
Crio outros morfemas.
Acredito no que não é dito
Por hora, é poexitar.
Eu escrevo com letra bonita
Embelezo as palavras.
Crio então um poema.
Duvido do que não é sentido
Por agora, eu poexisto.
Eu crio a criação
Eu imito a imitação
Eu atropelo pelo ato.
Eu sou de todas as horas
Todos os tormentos
Sem timentos.
Propagados
Que se demoram
Que se perdem.
Eu faço um verso, dois...
Além do resto
O movimento intenso
Faz mover a mente.
Tido certo
Tudo bem?
Continuando...
Inverso

CasaMente.


Pendurei tuas roupas no varal
E varei a noite.
Varri as mentiras pra debaixo do tapete
Tapeei as verdades.
Abri as portas emperradas
E me enterrei numa dessas entradas.
Cozinhei o amor em fogo alto.
Quando ferveu, derramou...
Tudo se perdeu.
Troquei os lençóis sujos de ontem.
Mas não encontrei os de amanhã.
Fiquei perdida.
Achei errado...
Tua escova de dentes fugiu com meu sorriso.
A tua chave não abriu mais a fechadura
De tão mole se desfez.
A nossa casa era de areia
Veio o vento e soprou forte
Eu sem grãos, sem norte...
A geladeira fez sua parte.
Teu corpo cobertor rasgou.
Fez frio, catei o sol.
Quando nasce o dia
Morre uma noite.
Enquanto você se ia
Eu brincava de casinha...

Blues anil!

O som do sonho,
O toque do acorde.
A letra da melodia.
Eu escrevo, você toca.
Eu me toco e você canção.

Eu choro uma lágrima...
Escorre o visco da vontade.
Branco, inodoro desejo.

Um gole e outro de você.
Me engole, toma e canta.

Tome conta, fico tonta
Alcança minhas notas.
Façamos história,
Porque o resto é música!






















Moço

Não pare...
Vivo em constante mudança.
Inconstante.
Encostada nas escolhas,
Esmolas de corações.
Decorando minhas páginas.
Pagando os preços.
Pregando seus quadros.
Desfazendo os acertos,
Desatando os laços.
Desconsertando as vontades.
Disfarçando as idades.
Espelhos negando as verdades.
Não pare...
Toque mais uma Poeta...

POEXISTO!


De cacho encaixo!


Molhados e escorragadios...
Um se, um quase nada.
Questão de estilo.
Mescla de muita coisa, com o que há de vir!
Tá na cabeça.
Daí secos, formados, ricos de conteúdo.
Dentro, o vão.
Estão na idéia.
Pente fino, separação...
Lado D, Lado A.
DNA.
Dois momentos...
Tá na memória.
Longos e secos
Caminhos meus
Cortados e úmidos
Sonhos meus
Molduras...
Encara cóis...
Nada de progressões e progressivas.
Já que nem tudo é natural.
Arrepia quando provocado.
Colorido dum vermelho desbotado.
Dá a linha, o fio que rompe!
Tá no mundo...
Cresce para sempre.
Liso e solto.
Meu ser despenteado.
Apara as pontas
Para que o ponto não se perca.
Volume, sempre alto!
E todo dia nos encontramos.
Sem hora marcada, um liberta o outro
Do rabo preso, do medo de seguir...
Das trancas e tranças.
Quem diria!
A gente se conhece, e se parece.
De tanto cair, espalhados no chão branco.
Nas almofadas e roupas a gente descansa...
Eu e meus cachos.
Meus machos, minha fortaleza.
Obedeço a implicância de suas denúncias.
Amanso as feras tão angelicais,
Dessas que a chuva fina desperta a revolta,
Dessas que um cafuné resume todos os desejos.






Allardes.

* Allardes*

Penso nas coisas pra te mostrar.

Tem tanta coisa ainda.

Tenho versos pra te mandar.

Cruzar estradas, melhoras devidas.

E tudo passa...

Acho que você me acredita.

Penso tanto, e só de pensar esqueço do mundo.

Dou nó na cabeça, choro, rio e agradeço por tudo!

Pelas cores, flores e amores!

Pelos gestos.

Certos e erros.

Queria mais tempo,

Aquele que escassa...

Sem você, e só de imaginar...

Até a rima é sem graça.

Te amarrei no infinito.

Te amarei tão bonito.

Porque eu te acredito!

A cabeça esquece?

Do abraço demorado, dos beijos beijados

E daqueles silêncios que a gente agradece?

Tatuamos na alma...

Asas para libertar.

Falo tanto...

Falta o ato do encontro.

Da nossa mania incessante,

Do convívio constante

E da alegria perturbante

De se ver no outro...

Toda vez que a gente se vê!

É só nosso...O amor que transita livre em nós!

Dado conformado.

  • Se é pra jogar, que ganhe
  • Se é pra marcar que sejam as cartas.
  • Se é pra ganhar que seja meu corpo
  • Não blefe pedindo meu gozo.
  • Meu desejo talvez seja alto demais.
  • Melhor não arriscar.
  • Se prefere o orgulho, fico eu com meu desatino.
  • Se não acredita na sorte, aprecie seu momento.
  • Descarte seus tormentos.
  • Seus olhos temem os meus.
  • Gargalho...
  • Te quebro um galho e facilito
  • Quebro o gelo, e você aflito.
  • Quero guerra de travesseiro,
  • E você com seus conflitos.
  • Esquece o resto e aproveita.
  • O jogo acaba quando um ganhar...
  • Ponto pra você!

Mulher



Nossos contornos,

Nossas nuances,

Tornam-nos únicas;

Sem definições,

Sem manual.

Basta sentir...
(imagem: Kelly Stenzel)

Olaria

A cada dia mais mutante, sensação e tradução.

Muitas músicas, poesias, vozes e suspiros...

Outra pessoa.

Meu de Mim, Eu do Ego, Ser do Sou...

Medo sim...

Cada tijolo meu é quente, suscetível massa fértil,

Não se sobrepõe na construção, se une, funde, mistura e me forma, me enforma, eu informo

Cada tijolo meu nunca me enquadra, nunca me engessa...

Me liberta das amarras do julgamento óbvio.

O Outro e seu intermédio.

Mãos...

O Outro que me assusta e me distancia

Me afaga e me sufoca

O outro que eu não sou, talvez quisesse, mas não resultou!

Encaixe-se

E na vontade imensa da descoberta

Acelero o processo da busca...

Te quero desconhecido, tão certo quanto na vida inteira.

São palavras soltas sem sentido

Saudades a serviço do sentimento.

Sem pontuação, coração meu que envelhece com as nóvaidades.

Se soubesses da certeza de ser, seria sempre... Só meu!

Saberias, sentirias, sorverias minha sorte, seiva, saliva e sumo...
Seria seguro, sexo, saudável, são,assim, assanhado, sabido e sem assar.

Seu cheiro no meu corpo, na minha cabeça, me consome, confunde, comanda e contrapõe.
Amor desconcertante, criação inconsciente...

AMEM_Idades

Salvem os homens, meros mortais.
Que por meio de palavras alcançam a eternidade.
Solidificam sílabos e sentimentos.
Conjugam lágrimas e sorrisos.
Salvem os anjos de aura multicor, que brincam de asas quando querem horizontes.
Que vão perto de Deus e puxam sua barba.
Salvem meus amores, de todo o mal.
Amém!

Meu menino...
Rebelde angelical, alado e indomável.
Onde estão tentando te aprisionar?
Quando me fogem as lágrimas, são pro teu leito!
Afago tua alma, te anininho no peito...
Pra sempre aqui dentro, meu irmão!
Meu amor, fica mais um pouco!
Me deixe não...

(pro Ale)



O gato saltou da janela para o telhado
Veio a rima com o inesperado
Um raio-relâmpago trovejante raspou a noite
O gato correu.
A noite cresceu escura.
Sem lados.
(Guerá)
A noite cresceu escura.
Respirava o hálito quente das trovoadas.
Aninhou-se por entre nuvens e esperou o tempo passar...
Calmo e inflexível.
A noite riu do gato saltador.
Escura noite, da cor dos olhos pretos do felino.
Não se sabe ao certo quem era o espelho do outro!
(Allegria)


Pedaços que me fazem gigante!


Quatro elementos em movimento!
Pedras em rios, pela correnteza firmaram lugar.

Expostas ao sol preparando o ser acento.

Cartas abertas, fluidos fugazes...

palavras soltas.

As gentes escolhidas e sorridentes

Armadas por amores incondicionais.

Gangorra brincadeira, que te sobe e desce!

Cores e gostos misturados, frutas pequeninas

De sabores sem igual, a beira d'agua...

Leito de rio, águas em enxurrada.

Pingos brincantes, saltam filhotes da imensa manta molhada!

Vai criança, aproveita teu quintal.

Ri do tempo, bebe da fonte!
A vida é moça caprichosa que seduz,

Prega peças e caçoa da nossa brevidade mortal

Aflorada em botões inocentes, que não abrimos e matamos de sede!

Quatro visões, quatro estrelas...

Um caldeirão de bruxa fumegante.

Fumaças de nós juntos!

Perpetuação.

O encontro das águas aconteceu!


Segue a Água,


Pegue Fogo,


Seque o Ar


Aqui na terra!!!

Elementos Elementais

Fundamentos Fundamentais!