Citra sumo!

Mais uma festa,
E maquiagem, lápis e batom
Personagem, saia curta e blusa marrom
Falando sobre tudo em alto e bom som.
É guerra, então lá está ela no front!

Uma caipirinha, armando-se,
A segunda, tudo bem...
A terceira é desespero e incerteza.
A quarta é porque ele não vem.

E conversa jogada fora,
E o fingimento nos quadris,
Certezas fora de moda.
Felicidade criada, não condiz.

Conclui-se o mundo dos espertos.
Boas histórias dessas tertúlias.
Nada que vá se esquecer.
Toda dor que vem nos goles.

E chegou ao fim...
A cabeça girando, um gosto;
Em torno do limão.
Um fiapo do gomo explode entre dentes.
Azeda, na porta de casa.

Tudo escoa, vai a baixo
Acaba num banho frio.
Lágrimas e jatos dágua
Olhos borrados, soluço e cama.

Prefiro a acidez frutífera.

Especta, Dor!



É da tua vida que eu queria um naco.
É da tua grandeza que eu queria o rastro.
É dessa tua coragem que eu falo.
É dessa entrega, eu acho.
Pela liberdade que eu te encaixo.
Por isso tudo, tomou-me espaço.
Porque está inteiro, deixou de ser pedaço.
E vai ser pra sempre.

Não é estalo, são apenas palavras.
Que não ouves, por conta dos aplausos.

prALLEr!

Descompromisso fixado.
Desde antes já era o combinado.
Descemos a rua, lado a lado.
Por escolha.
Por onde passamos, escrevemos.
Por conta de nossas gargantas, inflamamos.
Bocarras abertas, palavras flamejantes.
Idéias jorradas, em erupção.
Na encruzilhada sentamos.
Engraçado nos aportar ali.
Rua com nome de Dona.
E a gente falando das verdades.
E um olhava o outro, como se visse a si mesmo.
E visualizamos chamas, gotas e fusões.
E rimos, e nos avisamos.
E nos lembramos de não nos esquecermos.
E comemos no submerso estranho que veio de fora.
Metrô... E rimos!
E voltamos iguais e transformados.
Somos dois mesmo.
Duas faces, dois seres de sagitário.
A se agitar...
Um cavalo, outro homem.
A galopar.
Aí deu meia noite, hora de recomeçar!
E pra propagar:
Parece-nos que só o que fica dos outros, é o que realmente somos em definitivo!!!

Orfãs...

Pus o guarda mágoas na bagagem
E viajei.
Pesada...

Hora de virada
Desconfigurada
Tempo renovável...
O que está não pode ser
O que foi tento esquecer.

Ando lamentando pelos cantos
Quatro coisas por espaço
Pares de pés desencontrados
Amarrando seus cadarços.

Perdoa esse lamento
Faça música e cante ao vento
Ouço sons e vejo cores
Toco sonhos, vendo tempo.

Tudo é movimento.

To grávida de palavras,
Parindo todos os dias.
Dor aguda, contração.
Amor e doação.

Expelindo sou vulcão.

Mãe solteira soletra.

Só em letras...

Quem fica sufoca
E quem vai evapora.
É um acorde,
Um grito pro infinito.
Despertar da inércia
Confusa e silenciosa.

Mãe cadê meu pai?