A revelação é o que mostra
O que se posta, não publicado.
Púbis em pecado
E fica mal dito, mal escrito
Se eu não te vejo o formato.
Olhos sorrindo...
Boca escondendo as palavras.
O braço amparando as vontades.
Um quadro sem textura
Esperando as cores
Meta as mãos nos pincéis
E me faça arte!
Me vejo em arte concreta.
Janelas e pernas abertas,
Olhando a esmo, enquanto o poeta
Pinta, borda e me acerta!
Eu gosto é da transgressão, das confidências
Desse teu desejo pelos meus an seios
Gosto de delírio e dos devaneios
De você no meio.
Gosto da poesia e da ira
Do teu humor e da malícia
Gosto da busca incessante
De descobrir o que vem antes
De chegar onde ninguém chegou.
Gosto é do belo
Do lilás ao amarelo
Dos jilós ao caramelo.
Desse seu entra e sai,
Entre uma semana e outra
Ritmando,
Você obedece.
Malemolência de Malandro
Poeta de artes infindas...
Faz bem feito.
Não pára!
Toca mais uma, poeta.