Pois que são
Doidos
Dois poetas a brincar
Ele daqui
Ela de lá
E nesse qui,qui,qui, cá, cá, cá.
A gente ri até gozar.
Nós que nos enlaçamos
Nós que nos desatamos
De nós e laços
De beijos e abraços
A certeza de sermos loucos
Soltos, envoltos em bolas de sabão
Assoprados.
Amor doido, amor de dois.
A mordaça é a distância
Amor doce,
Amantes refletidos somos nós.
Nela um beijo roubado
Dele um gesto repente
Dela um sopro abafado
Nele um sorriso que entende
A loucura dela...
O jeitão dele
Eles se tocaram
Se tiveram num para sempre de sabão.