São Despudoradas. São minhas palavras Cruas e enfeitadas. Uma em cima da outra. Subversílabas! Parindo idéias nuas, numa orgia signal. A festa das frases. Minha face, meu instante. Resultados nessa estante. Minha língua lambe os sujeitos. Converso com versos. Alimento a mente fértil. Movimento INVERSO Deleite-se! >> DeLEIA-Me (Allegr!a Em Carne e Palavras)
Eucalyptus fresh
O que o mundo precisa NÃO está a venda
NÃO pode ser fabricado.
Mas os produtos estão lá,
Na prateleira pra quem quiser consumir.
As pessoas estão lá,
Enquadradas, enlatadas, engessadas
Perdendo seu sabor natural.
Conservantes coloridos tingem o mundo perfeito.
Nós que somos loucos (estamos no abismo das idéias)
Nós que somos sóbrios (estamos no clarão das pseudo verdades)
Nós que somos poucos (estamos perdidos nas galerias)
Nós que somos o outro (estamos sentindo as dores do mundo.)
Nós somos cadarços
Nós sejamos desatados.
Vendas a vista
Vendas escuras
Vem das necessidades obtusas
Das mentes turvas.
Venda-te a ti mesmo
E não verás o óbvio ulular.
Moska Do Amor
Não falo do AMOR romântico; aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com AMOR.
Chamam de AMOR esse querer escravo
E pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O AMOR é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR não nos domine?
Minha resposta?
O AMOR é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação.
O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do AMOR depende dessa interferência.
A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo.
O AMOR não é orgânico.
Não é meu coração que sente o AMOR.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O AMOR brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida
O AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo.
O AMOR, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o AMOR a navega.
Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita.
Ou melhor, só se Vive no AMOR.
- E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto.
Tenho alguns blogs do coração, mas esses eu acompanho mesmo.
Então lá vão eles...
Beijos pra vocês.
http://baiaodetudo.blogspot.com/
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