Eu e o tempo!

“Eu já disse tantos “basta”, tantos “nunca mais” e voltei atrás.

Já achei que tinha chegado ao limite e, ainda assim cedi repetidas vezes.
Acreditei que era necessário, me ignorei e aceitei tudo de novo.
Naufágios emocionais, naus frágeis...
Buscando o bálsamo, numa balsa a esmo.
Vi a ferida, via errante, veia partida,
Há o remédio, há o remendo.
Ainda hoje aceitei o que não compreendia, chorei por quem não devia, me deparei com o que não queria.
Estive em lugares improváveis, descobri verdades inaceitáveis, confrontei emoções há muito escondidas.
Quisera eu entender o tempo e não perdê-lo.
Mas o tempo é o tempo, é um moleque caprichoso, fugaz e tem um riso de canto de boca que me confunde, hora parece ironia, hora sabedoria...
Sei não, me parece que com o tempo, o limite que nos cerceia vulnerabiliza cada ponto, desmistifica cada crença, desconstrói cada ideia preexistente.
Até que por fim, tomamos a verdadeira consciência de que fortes somos, quando tudo parece dizer ao contrário.
E revivemos...