Os Barcos do Renato.

...
Estamos medindo forças desiguais.
São só palavras, texto, ensaio e cena.
A cada ato enceno a diferença.
Do que é amor ficou o seu retrato.
A peça que interpreto,um improviso insensato.
Essa saudade eu sei de cor...
Sei o caminho dos barcos.
E há muito estou alheio e quem me entende,
Recebe o resto exato e tão pequeno.
É dor, se há, tentava, já não tento;
E ao transformar em dor o que é vaidade;
E ao ter amor, se este é só orgulho,
Eu faço da mentira, liberdade;
E de qualquer quintal, faço cidade;
E insisto que é virtude o que é entulho;
Baldio é o meu terreno e meu alarde.
Eu vejo você se apaixonando outra vez.
Eu fico com a saudade e você com outro alguém.
E você diz que tudo terminou...
Quando qualquer um pode ver,
Que só terminou pra você!

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindas palavras, muito lindas!