Negamaluca.

Passa do ponto

Passado pronto

Ela é de cor e sabe

De cór

Passar rente a vida repente.

Ela avalia o decorrente hiato.

Se digladia com o nada.

Repleta de correntes sem elos.

Vazios.

A Nega não nega.

Ela é transparente,

Sem ser irmã ou próxima.

Ela é ótima.

Fantástica e proparoxítona!

E lá vai a Nega...

Aponta a ponta do próprio nariz.

E acha graça da graxa branca.

Permite, permuta e labuta

Permeia e persegue algos.

Alvos fáceis, sem promessas.

Negocia, na gaita, no grito,

No jeito e nos gestos.

A Nega não nega seu potencial

O ponto não é esse?

O ponto é de exclamar ação!

O ponto de vista da Nega

Opõe-se ao ponto de cruz.

O ponto em questão

Opinar sobre tudos

O ponto não é final.

A negativa é nunca se permitir.

A Nega ativa, sai, se esvai e ui.

Ela vive, a Nega flui.

Negada flor.

A Nega é Foda!

A Nega Fulô...

A Nega falou e disse.

A Nega nunca negou.

6 comentários:

Marcio Sarge disse...

Que delicioso jogo de palavras, que desce nesse ritmo tão poético e embala quem por sorte lê.

Parabéns!!!

Anônimo disse...

Linda! Forte! Real! Perfeita!
Adorei!

Fábio Melo disse...

Muito bem marcada =P

E o sorrisinho linkado foi ótimo

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TemPraQuemQuer

Euzer Lopes disse...

Essa nega não é maluca não.
Ela é esperta, isso sim!

Roland Deschain disse...

Nossa! Gostei muito! Interessante jogo de palavras, comparações, trocadilhos e afins.

Muito bom, tens talento! :)

Abraço!

Thais disse...

estou apaixonada por tudo que escreve
vou voltar sempre aqui
abraços