É o medo, é complexo
É o tiro sem nexo
É o erro, é reflexo.
Farra no planalto
Mãos ao alto
Se a clava da justiça fosse forte, não nos
Desafiaria em nosso leito à própria morte.
Se no penhor dessa igualdade
Conseguíssemos o berço esplêndido
Mamaríamos em teu seio, ó liberdade.
Recebendo o afeto que se encerra
Em nosso jeito varonil.
Quer ficar na pátria, livre?
No peito e na raça
Com ginga e com graça
Com samba na praça.
Num céu cor de anil...
De tantos mil és mãe gentil?
Uns filhos deste solo
São uns filhos da puta
Pela própria natureza
Que fogem da luta
E vão risonhos atrás do sol do novo mundo.
Se o teu futuro espelha essa grandeza.
Se quem trabalha é vagabundo
Quem será por nós?
Ninguém sabe, ninguém viu.
É a guerra civil?
E o direito civil?
Tudo a puta que os pariu.
Mamátria amada, tão vil!