Espera...


Sou teu vento, que te muda direção.
Sou pingo grosso, de chuva de verão.
De quem é a chuva?
Da outra estação...


A tempestade que amedronta
O arco íris tímido do horizonte.
O amor teu que o meu confronta
Embate limpo no céu que esconde.


Não espero o frio,
Não quero o vazio entre nós.
Que vai chegar em nuvens carregadas.


Te espero na tua rua,
Batendo no portão.
Não demora, sou repentina.
Esperar me dói, então escolha.
Ficar ou ir?

Eu decido por mim.

Brincar de tempo é olhar no olho do furacão.
Prever o tempo não é saber de temporal.
Perceba que o tempo é curto, é agora.

Decidi, vou trovoar...
Dar tempo ao tempo.

Usar minhas asas enfim.
E eu te esperei...

Mesmo encoberto pela neblina.

Vou clarear o meu novo dia,
Outro sol, um céu azul.
Chuva passageira não volta.
Lembranças do mau tempo, suas...
Que vais ter de me esquecer.

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