Via láctea...






Foi você o meu guia,
Na subida do nosso momento.
Foi uma ladeira nova pra mim,
Cheguei a perder o fôlego.

Dessa vez subi sem você.
Senti sua falta em todos os pontos.
Em cada parada eu deixei um vestígio do incômodo.
Queria te arrancar do peito, e espalhar teus restos pelo caminho.

Estava era sentindo dor na caminhada
Angústia intensa, lágrima ácida no olho parada...
Os cheiros me lembravam teus olhinhos...
Tua imensa vontade de gritar.

Eu estava ouvindo teus sons
Teu batimento sôfrego
Teu respirar.
Vontade imensa de abraçar, encostar no teu peito.

E chorei...

Não respirava nesta sub _ ida.
Sem tua mão na descida...

Desmoronei...

Você não estava lá.
Presente ausente...
Embrulhado com laço de fita!

Doeu não ter você,
Não consegui não querer.
Acordar de sonho bom, é pesadelo.

Tão boas as nossas risadas juntos.

Atenção desatenta...

Suguei tua energia
Muito rápida e boa a sensação...
E por um instante;
Me fiz feliz.

Eu não tinha você.

Voou...

E levou a minha paz.
E me arrancou as lágrimas,
E se fez angústia...


Sinto muita falta de nós dois.
Do que ainda nem era...
Porque não era amor ainda,
Era apenas descoberta...

Agora acabou, estamos nós na superfície.
Estamos no real inimaginável
E eu só outra vez!


Esta via tem mão dupla,
Láctea e rósea...
Somos nós e nossas escolhas.
Você impediu as minhas.

A minha condição é ser cometa...
Passageira, luminosa, deixando rastro.
Quero ser estrela que não apaga!
A brilhar na imensidão azul.
E permanecer...

Ar rarefeito, seco e impuro...

Destruí a poesia no intuito de fazê-la.
Foi mesmo só minha "A culpa"?
Porque a dor eu sei que é.

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