Sintaxe a vontade

"Como poeta que sou
Como o pão,
Que o Diabo ama.
Sou.
(...)
Sonho com suas secreções.
Não poupo intenção.
Tão pouco ereções.
Guardo tuas lembranças.
Digitais.
(...)
E volto a comer o pão."
(Imagem Rico Oliveira)
Beijo você.
Beijo doce
Secreto.
Secreções almiscaradas.
Na face mascarada
Sinto que te falta o Ar
Sinto que te sufocam os farelos
Do pão?
Dum par?
Sinto quente, sinto muito.
Você que é o Ar_tesão,
Precisa res_Pirar.
Sem evaporar
Crê
Ser fumaça
Entrar pelo nariz...
Te provocar
E tanto...
Quero teu esporro
Íntegro
Quero teu silêncio
Íntimo
Quero teu suplício...
De poeta infame
Com fome.
Me deixe brincar na sua boca
Tal qual a bala caramelizada
Doce, dura, durante
Chupada.
Me guarda,melada, no teu bolso
Me lambe antes das refeições
Derreta-me em baixo de sua língua
Gostosa língua colorida
Descobrindo pudores.
Se lambuze da seiva que me forma.
Engula aos poucos.
Preserva-me.
Um drops?









Ciclos e regras!

Inquietudo
que se mexe dentro
do meu ser alguém
me faz Inquietanto mal
que não me sobram os tempos
de paz.
Inquieta,
Que zela pelo mais.
Quisera dar-te o sono pelo gás.
De medo, doei-me inteira
E doeu-me por todo o caminho de volta
Interrupção violenta
Progressão inconsistente
Da sequência lógica de uma
Ânsia por qualquer fiapo
de coisa substancial.
Flagelos derretidos e coagulados
Escoam no vale do silêncio que grita!
Não estou surda
Não estou pálida
Só estou aqui
Só.
E não apenas.
Durmo.
Em cólicas
Nos colos
O sangue se esvai e me renova.
Em três dias terei sol novamente!

O amor é FOGO.

Gosto desse
"Nosso amor".
Que pega de jeito
Desafia e mela.
Em ponto de bala
Na boca sem derreter...
Esse nosso amor
É engraçado
É adaptado.
Tem pés, tem cabeça.
Conforme as loucuras
Com formas e idéias
Sérias.
Segue
Sempre soprando
Ventos quentes
Febris.
Ar por Ardor.
Amores Desnudos
Arrepios de pele
Tua mão tá na minha
Tua boca...
Teu abraço...
No Arpoador
Nosso amor
É posto de gasolina!

D.esafia.R

Façamos...
Letras e Leituras
Músicas e Gravuras
Bordas e Pinturas
Sanhas e Loucuras
Juntos...
Rimas sem juízo
Façamos sem nexo
Côncavos, Com sexo!
Poesia concreta,
Se preciso.
Um tanto complexo Você...
Eu.
Nós.
Desatem os nós!
Os tempos são laços
Urgindo, urgentes...
E daí se desembrulha a grande estória.
Quem começa?
Começamos...
Comendo letras
Relendo
Sorvendo músicas gravadas
Lambendo as bordas pintadas
Provando sanhas loucas
Unidos
Rimos sem juízo
Façamos sexo...
Como cavalos,
Com nexo.
Sem apeio,
Poesia campestre.
Um tonto amplexo,
Você...
Eu.
Nós.
Reforce os nós!
Os campos são amplos.
Montes e montanhas.
E daí se desfolham os caminhos.
Quem comanda?

Divórcio em Buda

Quem poderia fotografar, registrar, tatear o instante em que algo se rompe entre duas pessoas?
Quando aconteceu?
De noite, enquanto dormíamos?
No almoço, enquanto comíamos?
Ou muito, muito tempo atrás, apenas não percebemos?
E continuamos a viver, a falar, a nos beijar
A dormir juntos, a procurar a mão do outro, o olhar do outro,
Como bonecos animados que continuam a se movimentar ruidosamente por um tempo, mesmo estando a mola do seu mecanismo quebrada...
... Nada sabemos.
O que posso fazer agora?
Que refletor devo acender para encontrar nessa escuridão, nessa trama, aquele momento único, aquele milésimo de segundo em que algo cessa entre duas pessoas?"

(Sandór Marái)São os últimos acontecimentos, Essas indispensáveis constatações. Tem um pouco da frustração, Do que era grande e agora é a míngua. Tem o amargo daquilo na ponta da língua. É a mescla de mágoa, máscaras e perigos Mentiras, momentos e promessas Tem um grito abafado, o mofo pesado O coração machucado. Nesses tempos chegados o ar falta e a roda gira Então o medo, o trágico e os recomeços... É o desconforto, dor mesmo, demorando a passar.

D.o.i.s_R.i.o.s

*
Ele pede
A Pele
Da poetisa.

:
Ela deveria era retomar a poesia.
Sim, a poesia.
Poesia erótica.
Retórica
De deixar o leitor babando.
Babando Nu blog.

:
Ela deveria era escrever despudorada.
Sim, sem pudores.
Poderes.
Palavreados
De deixar os dedos molhados.
Dedos nus,
Teclados.

:
Ela deveria era me publicar
Me provar e perverter
Escrever seus domínios
Escritos públicos.
Gritos púdicos.
Pêlos menos púbicos.
Meus desejos súditos.
Lúdicos dia.mantes.
Lambuzados.

:
Com sede
Ela cede
Ela
Dá.
Danada
Doida pra poexcitar.
:
Temos uma relação igual
Pau há pau
Sem dedos
Felação Virtual
Melação e volúpia.
Verdades em bocas
Vontades...
:
Gosto dele me gozando
Me tirando, me botando
Me provocando
Se metendo, aconchegando!

:
Entre tardes de mil acessos
Ele ascende.
Eu acesa,
Meio livre, inteira e tesa.

:
Informada de tuas formas
Inconformada com o hiato
Querendo tuas P.artes
Preenchendo meus espaços.

:
Ele pede
Ela cede
A Pele
P/ele
Ela
Dá.

:
Fantasia...
Doida pra pular o carnaval!
*