crônica


Há um tempo atrás
não eram bem assim esses acontecimentos.
Estar na ponta da modernidade,
não era mesmo admitir o tempo.

Estar a mercê das horas
isso é coisa nossa
Antes, importava o agora?
E agora que a coisa é nova?

Meu relógio tão particular.
Acertando os ponteiros da minha história

Viver sem congelar uma imagem
Não permito, guardo na memória.

Moderna e provinciana
Camponesa de selvas musicais
Mundana do espaço meu.
O tempo é meu
Meu ritmo é sincopado

Um coração acelerado
Meu jeito é estranho
Meu Deus, o que há de errado?

Meu bom dia, é de noite...
Minha ida é bem na volta que o mundo dá.
Meus amores são frutas salgadas
Um absurdo particular, lento e constante!

Agora é pura rima.
Dizer o que eu penso,
Sentir minhas agruras...
Antigamente seria loucura.

É a missão da amazona atemporal
que se apresenta na sua cena,
dirigir a carruagem,
guiar os peões.
Tomar as rédeas do alvorecer...
e adormecer nesse novo mundo.

Desliguei o despertador
!

Nenhum comentário: