São Despudoradas. São minhas palavras Cruas e enfeitadas. Uma em cima da outra. Subversílabas! Parindo idéias nuas, numa orgia signal. A festa das frases. Minha face, meu instante. Resultados nessa estante. Minha língua lambe os sujeitos. Converso com versos. Alimento a mente fértil. Movimento INVERSO Deleite-se! >> DeLEIA-Me (Allegr!a Em Carne e Palavras)
crônica
Há um tempo atrás
não eram bem assim esses acontecimentos.
Estar na ponta da modernidade,
não era mesmo admitir o tempo.
Estar a mercê das horas
isso é coisa nossa
Antes, importava o agora?
E agora que a coisa é nova?
Meu relógio tão particular.
Acertando os ponteiros da minha história
Viver sem congelar uma imagem
Não permito, guardo na memória.
Moderna e provinciana
Camponesa de selvas musicais
Mundana do espaço meu.
O tempo é meu
Meu ritmo é sincopado
Um coração acelerado
Meu jeito é estranho
Meu Deus, o que há de errado?
Meu bom dia, é de noite...
Minha ida é bem na volta que o mundo dá.
Meus amores são frutas salgadas
Um absurdo particular, lento e constante!
Agora é pura rima.
Dizer o que eu penso,
Sentir minhas agruras...
Antigamente seria loucura.
É a missão da amazona atemporal
que se apresenta na sua cena,
dirigir a carruagem,
guiar os peões.
Tomar as rédeas do alvorecer...
e adormecer nesse novo mundo.
Desliguei o despertador!
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