Deixo tudo assim...
Não me importo em ver a idade em mim.
Ouço apenas o que convém.
Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo e você tem razão quando vem dizer que eu preciso sim de todo o cuidado.
E se eu fosse a primeira a voltar pra mudar o que eu fiz?
Quem então agora eu seria?
Tanto faz que o que não foi não é.
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem será?
Deixo tudo assim...
Não me acanho em ver vaidade em mim.
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo e eles têm razão quando vêm dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo.
Eu não sei mesmo...
Fui tempestade, agora sou vendaval!
Ventania querendo ser brisa.
E se eu for a primeira a prever e poder desistir do que for dar errado?
Ah, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim;
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser;
aceito a condição.
Vou levando assim...
Que o acaso é amigo do meu coração quando fala comigo,
quando eu sei ouvir...
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