Nó em nós...

"Abriga-te em mim, esconda a minha vergonha.

Mora em ti o aroma selvagem de mil ninfas

Enterre sementes e semeia-me a vida!

Ofereça-me tua carne quente em leve arrpeios

Não fujas, não saias, permaneça...

Lance-me ao centro
Que lhe trarei novos sabores e pequeninas
histórias colhidas nesse vasto mundo .

Entre agora, entre as pernas, entretanto...

Entre as retinas, entre teu lábios, dentro de ti
Oh vasto labirinto de delícias e perdição...

Exagere na força, agarre-se a seiva.

Sopro um vento sutil, leve e lascivo
Recrio o orvalho e trago nos olhos a luz
Que fará renascer tua pele em flor...
Na fome da matilha de homens livres


Grite verdades, explore meus silêncios.

Teu silêncio evoca mil melodias,
Sons de taças em brinde,
Aromas de paixões errantes
E saborosamente envelhecidas .

Seja meu, acalantado amor.

Febril e juvenil
Fui teu em uma estação
Mas em outras tantas
Meu querer pernoitará
Em todo teu ser
E quebrará as correntes
Que me predem ao medo.
De luz, desejo e anseio
Será feita a carruagem do teu destino
Teu corpo nú correrá
Pelos desertos insanos
Do meu delírio


Não me deixe na fria noite, desnuda de teus quereres.
Se queres mandar, eu obedeço
Se te desejo, te quero avesso.
Peça-me o pecado, e te darei na boca.

Não me basta o pecado
Não me basta tua boca
Ou tua muda obediência
Me servirei da sua terna, faminta e suave lúxuria
Serás a taça que embreagará
Todos meus sonhos lúcidos e secretos
Sirva-me teus venenos...


Aposte nos jogos que te proponho...

Venha até minha morada, taberna medieval.
Eterno e breve será o tempo,
Em que meu corpo deslizará
E voará dentro do seu .

Subo-te, és meu cavalo,
Cavalgar, jogar, enlouquecer e eternizar o
Tabuleiro de sensações.

No alvo exposto, aponte a tua seta.
Lança-te a meta
Pontua, e me acerta,
Mantenha-me na reta.

Marque as cartas, não meu corpo
Deixa-me decifrar teu sabor, teu latejar
Devora-me enfim, vamos jogar...
Excitação o jogo vai começar."

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